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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Vovô frio e calculista



Ceará abre o placar, sofre forte pressão do Bahia, mas mata o clássico nordestino nos contra-ataques

O placar elástico, 3 a 0, pode até sugerir, mas não foi uma das grandes exibições do Ceará na Série A. O Vovô foi pressionado na maior parte do jogo, porém mostrou objetividade nas finalizações e soube definir o confronto nordestino diante do Bahia, ontem à tarde, no estádio Presidente Vargas.

Com a goleada, o Ceará terminou o 1º turno da Série A com 25 pontos - a mesma pontuação de 2010 - e segue firme na zona da Sul-Americana. Já o Bahia, com 20, aproxima-se perigosamente da zona de rebaixamento para a Série B.

A atmosfera da partida estava toda a favor do Vovô. O PV lotado, recebendo o maior público desde sua reabertura, e a homenagem ao ex-atacante Gildo, autor de 246 gols com a camisa do Ceará, ofereceram um astral positivo ao time.

Mas quando a bola rolou, a apreensão tomou conta dos torcedores, que viram um Bahia disposto, marcando forte o Vovô e equilibrando as ações nos dez minutos iniciais.

Mas na primeira investida mais incisiva, o Ceará fez a alegria da torcida. Aos 16, após tabela de Boiadeiro e Marcelo Nicácio, Thiago Humberto, impedido, recebeu passe milimétrico do atacante e não perdoou: 1 a 0. A bola ainda bateu na trave antes de entrar após desvio do goleiro Marcelo Lomba.

Com a vantagem e mal posicionado com o esquema de três zagueiros, o Ceará foi pressionado pelo Bahia. Explorando a velocidade do meia Lulinha, o time baiano rondava o gol de Diego, que teve que se virar aos 31 em chute forte de Júnior. O atacante perdeu a melhor chance do Tricolor da Boa Terra.

Pressionado, o Vovô se defendia no chutão e quando saía ao ataque, abusava dos lançamentos longos, facilitando o trabalho da defesa do Bahia. Nessa tônica, o primeiro tempo terminou, com o Bahia pressionando o Alvinegro de Porangabuçu.

São Diego
Se o Bahia foi melhor no primeiro tempo, no segundo, o domínio foi ainda maior e mais chances apareceram.

Na primeira, aos dez minutos, Lulinha desperdiçou bom momento ao chutar para fora. A partir daí apareceu o goleiro Diego. O camisa 1 salvou um chute de Marcone. Mas aos 31, Diego foi ainda mais espetacular ao pegar o chute à queima-roupa de Jones e, no rebote, uma cabeçada de Júnior.

Após o lance, a torcida alvinegra comemorou efusivamente, chamando o goleiro de "Paredão". Mas ainda tinha mais.

Para completar a destacada atuação, três minutos depois, Diego evitou o gol de Marcos, tirando para escanteio uma bola venenosa. Ao final da partida, Diego não teve dúvidas. "Foi minha melhor partida com a camisa do Ceará", classificou o novo "Paredão" do Alvinegro.

Após o show particular do goleiro, como dizem no futebol, a bola puniu o Bahia. Foi aí que o Ceará mostrou ao Tricolor como ser objetivo e matou o jogo.

Aos 35, Osvaldo, em uma velocidade impressionante, fez fila na defesa do Bahia e cruzou para Felipe Azevedo fazer o segundo gol. Alívio no PV.

Com os nervos no lugar após ampliar a vantagem, o Ceará passou a tocar bem a bola, o que não havia conseguido até então. Um minuto depois, o atacante Marcelo Nicácio, em seu último lance no jogo, acertou a trave.

Com o Bahia sem ânimo após pressionar tanto e sofrer o segundo gol, o Ceará dominou os dez minutos finais da partida sem problemas.

Aos 46, ainda deu tempo de Edmílson ampliar, em cobrança de falta, e fechar a importante vitória do Vovô na Série A.

O resultado, dá tranquilidade para o time de Vágner Mancini iniciar o 2º turno, que já começa na quarta-feira, 21h50, contra o Vasco, no Rio de janeiro.

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