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sábado, 12 de novembro de 2011

Safra do caju pode ficar em 157 mil toneladas





Iguatu Desde outubro passado, o Ceará começou a colher a safra de castanha de caju deste ano. O ciclo produtivo vai até janeiro de 2012 e o setor, depois de dois anos seguidos de perda, vivencia momentos de expectativa. O mais recente relatório do Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do Ceará (GCEA), do IBGE, aponta para uma safra elevada de 157 mil toneladas, mas há o temor de que ataques de fungos e ventos fortes contribuam para queda da colheita.

No fim deste mês, entre os dias 25 e 27, haverá nova reunião do GCEA de avaliação de relatórios técnicos e nova definição parcial da safra. A cajucultura tem importância fundamental para a economia do Ceará, que é o maior produtor nacional. Neste ano, a precipitação acima da média em torno de 800 milímetros criou uma expectativa de elevada colheita de castanha nas unidades produtoras em 45 Municípios do Interior. Nas fazendas, o trabalho de colheita prossegue.

A previsão inicial divulgada pelo IBGE indicava uma safra de 164 mil toneladas. Na mais recente avaliação ocorrida em fins de outubro passado, o relatório técnico aponta para uma queda de 3,82%. Esse índice poderá crescer, mas o IBGE prefere não divulgar estimativas extraoficiais. O Sindicato dos Produtores de Caju do Estado do Ceará (Sindcaju) mantém uma previsão otimista de que a safra deste ano será a maior dos últimos dez anos e superior em 25% a colheita obtida em 2005.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), em 2005, o Estado exportou US$ 141,7 milhões, correspondendo a 15,2% das vendas externas cearenses. De janeiro a agosto deste ano, foram US$ 94,4 milhões. A atividade ocupa o segundo lugar na pauta de exportações. O primeiro é o segmento calçadista.

Controle de praga
O otimismo inicial, embora verificado em algumas áreas produtoras, pode se modificar. O coordenador estadual do núcleo da Cajucultura da Ematerce, Egberto Targino Bonfim, mostra-se preocupado com o avanço do fungo oídio, que atinge o pedúnculo (falso fruto), a castanha e a florada. "De um modo geral, os cajueirais estão infectados e isso vai refletir na queda da safra estimada para este ano", observou Bonfim. "A previsão de safra de caju não é tarefa fácil, pois há várias floradas que mudam, e acho que, neste ano, ficará abaixo da expectativa inicial".

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