quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Passageiros denunciam precariedade em transporte
Quem viajar para o Vale do Jaguaribe e o Litoral Leste precisa enfrentar viagens em pé e desconfortáveis
Limoeiro do Norte. Ônibus lotados, desconfortáveis e mal higienizados. As muitas paradas tornam o trajeto mais demorado, aumentando os riscos de assaltos. Estas são as reclamações mais comuns dos usuários da empresa de viação São Benedito. A empresa detém praticamente um terço do transporte coletivo terrestre do interior do Estado. Transporta diariamente (indo e voltando de Fortaleza) milhares de pessoas do Vale do Jaguaribe e no Litoral Leste, incluindo o principal destino turístico do litoral cearense: a Praia de Canoa Quebrada.
A reportagem flagrou, por dezenas de vezes, ônibus com excesso de passageiros e transportados em pé, além de banheiros sujos e constante quebra de veículos. E mais: num total de 37 viagens entre Limoeiro, Aracati e Fortaleza, de setembro a janeiro deste ano, em nenhuma delas foi registrado fiscalização do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE).
O órgão anunciou que vai entrar com processo administrativo e que agora fará uma "fiscalização específica" nos ônibus da empresa. Uma comitiva de vereadores de Limoeiro do Norte esteve ontem na superintendência do Detran-CE para denunciar a precariedade e os riscos do transporte diário.
No fim de 2008, o Governo do Estado abriu processo de licitação para consolidar o sistema de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros regular (ônibus) e complementar (topics). As quatro maiores empresas de transporte de ônibus do Estado foram as vencedoras: Expresso Guanabara, São Benedito, Fretcar e Princesa dos Inhamuns. A campeã de multas e reclamações foi a companhia de viação São Benedito. Foi também se onde constatou uma série de reclamações.
Agonia
Os ônibus partem do Terminal Rodoviário Engenheiro João Tomé, em Fortaleza, com pouco mais da metade das vagas preenchidas. Mas quando saem do terminal rodoviário no Bairro Messejana a agonia dos passageiros começa: não há mais vagas, ou não deveriam haver, mas as pessoas de todas as idades vão subindo e se acumulando no corredor. As "vagas em pé" são vendidas no próprio guichê da empresa São Benedito.
Na tarde da última segunda-feira, o ônibus que fazia a linha entre Fortaleza e Limoeiro do Norte estava com viagem marcada para 16h50.
Saiu com 35 minutos de atraso, e mal entrou em movimento os passageiros começaram a reclamar da fedentina que vinha do banheiro.
Outro problema: a viagem foi iniciada sem a devida higienização do vaso sanitário. Ou seja, com o acumulado de dejetos da viagem anterior. Os passageiros reclamaram e todas as janelas precisaram ser abertas, gerando o desligamento do ar-condicionado.
A viagem prossegue, os passageiros se acomodam nas poltronas, nos corredores, e se incomodam com o aperto.
Em cerca de 200 quilômetros de viagem são realizadas dez ou mais paradas. Algumas em pequenos terminais de passageiros e outras no meio da estrada, seja para entrada ou saída de passageiros. "A gente fica preocupado quando entra no ônibus, porque é triste ver criança e gente idosa se acumulando no corredor. Quando freia, uns caem por cima dos outros", reclama Edneide de Lima, que a cada 15 dias faz o caminho Limoeiro-Pacajus. A reclamação da passageira era ouvida e conferida pela própria reportagem, fazendo o mesmo caminho no ônibus.
"Pessoal, a gente acha tão ruim quanto vocês, não reclamem para a gente, reclamem lá na empresa", diz um cobrador (identidade preservada), num princípio de confusão no corredor por causa da super lotação.
Irregularidade
Ao fim da viagem, o cobrador fica na porta do veículo pegando, de cada passageiro que desce, o comprovante de passagem. Uma ação incorreta, de acordo com o Detran, pois a passagem é um documento que comprova que o passageiro comprou e recebeu um serviço, e deve ser guardado para reclamações posteriores.
O gerente administrativo da empresa São Benedito, Marcos Freitas, resumiu-se a dizer que a empresa está fazendo o possível para melhorar o atendimento. Ele discorda que haja superlotação e diz que os ônibus são vistoriados antes e depois de cada viagem.
Constatação
37 Viagens foram feitas pela reportagem entre Limoeiro, Aracati e Fortaleza, de setembro a janeiro deste ano. Em n enhuma foi registrada fiscalização do Departamento Estadual de Trânsito
Ônibus universitários de MORADA NOVA
Falando em transporte universitário de Morada Nova é falar em falta de respeito com os estudantes, é maltratar os estudantes. Qualquer pessoa pode ver ônibus sucateados, superlotações, 0 de conforto, uma verdadeira lata velha são os ônibus dos alunos que vão para Limoeiro do Norte. Todos sabem que quando começou a administração os ônibus eram super confortável, com ar condicionado mais isso foi em tempo de MESES mais depois só lata velha. Como nessa administração só tem marketing e festa é isso mesmo que o povo ganha.
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