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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dilma garante: ' Vamos enfrentar a crise gerando emprego no País’



A defesa do desenvolvimento nordestino também ganhou força nas palavras da presidente

Investir na construção de novos projetos estruturantes no Brasil será a maneira que a presidente Dilma Rousseff promete enfrentar as novas turbulências econômico-financeiras que se configuram ao redor do mundo.

Este foi o recado deixado ontem pela chefe do Executivo nacional, em sua primeira visita ao Ceará desde que eleita. E, em seu discurso, ainda garantiu: "nós estamos mais fortes para enfrentar a crise". Segundo a presidente, o Brasil não enfrentará recessão. Pelo contrário, irá continuar investindo em obras e incentivando o consumo da população. "Nós vamos enfrentar a crise gerando emprego, assegurando a renda e defendendo o mercado interno", assinalou, apontando o projeto da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) como um exemplo dos empreendimentos que serão incentivados pelo governo federal nessa política.

Ainda em referência à usina siderúrgica, cujas obras de terraplanagem foram lançadas ontem em solenidade no Pecém, a qual participou, a presidente reforçou a importância de diversificar os países com os quais o Brasil possui parcerias comerciais, a exemplo da Coreia do Sul - já que duas das empresas sócias do empreendimento, Dongkuk e Posco, são de lá.

Dilma avaliou que a atual crise econômica é um "rescaldo" da estourada em 2008, mas que, para esta, o Brasil está mais preparado. A presidente informou que as reservas internacionais do Brasil hoje superam US$ 350 bilhões, valor recorde na história brasileira. O montante é quase 70% superior às reservas registradas à época da crise de 2008, que somavam US$ 206 bilhões no mês de setembro daquele ano, quando as turbulências se agravaram.

A presidente destacou ainda que, quando o crédito expirou no mercado internacional, o Brasil contava com recursos suficientes para emprestar às indústrias nacionais e, atualmente, a situação é ainda mais confortável. "Naquela época, eram cerca de 220 bilhões de reais em depósitos compulsórios. Hoje, nós temos 420 bilhões", reforçou. "Nós somos um país capaz de ter uma atitude muito proativa diante da crise. Nós não só nos defendemos. Nós somos capazes de criar na crise as verdadeiras oportunidades que levarão o nosso País pra frente", concluiu.

Defesa do Nordeste
A defesa do desenvolvimento nordestino também ganhou força nas palavras de Dilma Rousseff, que afirmou que obras como a ampliação do Porto do Pecém, a siderúrgica e a refinaria são a prova da "construção de um novo Nordeste". "É muito difícil lutar contra a inércia, mas o que estamos vendo hoje é a vitória contra a inércia tradicionalista", declarou, referindo-se a um pensamento que predominava de que não era possível ter indústria de base na região. Este tom foi seguido pelo ministro de Minas e Energia, e nordestino, Edison Lobão. "Este é o Nordeste das grandes refinarias, da siderúrgica, dos grandes projetos", disse. Lobão reforçou a importância de se agregar valor às matérias-primas nacionais, fortalecendo a indústria. Neste ponto, referiu-se à transformação do minério de ferro em aço, através das usinas siderúrgicas, e do petróleo em derivados, por meio das refinarias.

A solenidade de ontem inaugurou ainda o Terminal de Múltiplo Uso do Porto do Pecém, e a correia transportadora de minério e carvão.Continua nas páginas 2, 7 a 10 e em Cidade

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