quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Correios atrasam sete dias para entregar correspondência
O Diário do Nordeste enviou cartas para cinco municípios, três delas chegaram depois do prazo previsto
Você já se sentiu lesado por causa de uma correspondência que chegou com atraso ou simplesmente não chegou? Segundo o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon-CE), esse tipo de reclamação é comum. Extravio, não pagamento de indenização, produto que não é entregue, demora a chegar, vem com danos ou incompleto, e cobranças indevidas lideram as queixas.
Para comprovar o tempo médio de entrega de uma correspondência, o Diário do Nordeste resolveu fazer um teste. Enviamos no dia 16 de agosto uma carta simples para correspondentes dos municípios de Crateús, Crato, Juazeiro do Norte, Quixadá e Limoeiro do Norte. Pelo serviço, o valor pago por cada carta foi de R$ 0,75. Algumas chegaram dentro do tempo previsto pelos Correios: dois dias. Outras, porém, apresentaram atraso de até sete dias.
A situação mais grave ocorreu no município de Quixadá, a 167 Km da Capital, onde a correspondência demorou nove dias para chegar. O mesmo trajeto, feito a pé, levaria um dia e 10 horas e, de carro, duas horas e 22 minutos. Os dados são do site GoogleMaps.
O correspondente Alex Pimentel relata que já teve vários problemas com entrega de cartas, inclusive com contas pessoais, como um cartão de crédito que não pagou, porque a fatura chegou com atraso, e depois teve de arcar com os juros. Ele procurou o gerente da agência, que disse que o problema é no contingente de funcionários.
A 13 Km do Crato, em Juazeiro do Norte, a correspondente Elizângela Santos afirma que, no município, uma carta simples demora até oito dias para chegar. A enviada por nós chegou no dia 23 de agosto, ou seja, cinco dias após o prazo previsto. Se a carta tivesse sido levada a pé, chegaria em quatro dias e quatro horas e, de carro, seis horas e 46 minutos. Elizângela afirma que, no geral, as correspondências são entregues no tempo regular. Para Melquíades Júnior, correspondente em Limoeiro do Norte, localizado a 198 Km de Fortaleza, o atraso também foi de cinco dias. A pé, o trajeto leva 1 dia e 19 horas, enquanto de carro, duas horas e cinquenta minutos. Melquíades conta que já teve problemas com contratos e contas de banco que atrasaram, porque a cobrança chegou depois da data de vencimento.
O correspondente informa que outras pessoas na região reclamam dos atrasos. "A gente percebe que eles acumulam a correspondência para entregar em grupo nas residências, o que acaba gerando um problema econômico, pois as empresas não aceitam como justificativa que houve atraso nos Correios", destaca o correspondente.
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