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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Apesar de decisão judicial, professores do CE mantêm greve

Os professores da rede estadual de ensino do Ceará decidiram manter a greve em assembleia na tarde desta segunda-feira (29), apesar da decisão judicial que suspendeu a paralisação. Segundo representantes do Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc), a categoria quer que o governador Cid Gomes (PSB) assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público. “Para ter uma maior segurança nos compromissos assumidos queremos que o governador transforme as propostas em uma TAC”, afirma Reginaldo Pinheiro, da comissão de greve da Apeoc.
A decisão de manter a paralisação ocorreu três dias após a Justiça determinar a suspensão da greve, que já dura 24 dias. O desembargador Emanuel Leite Albuquerque concedeu liminar, na última sexta-feira (26), determinando aos professores que normalizem as atividades em até 48 horas de dias úteis, sob pena de pagar multa de R$ 10 mil por cada dia de descumprimento.
De acordo com a Apeoc, a categoria ainda não foi notificada da decisão.“Isso caiu como uma bomba para nós, principalmente depois que fomos recebidos pelo governador na semana passada”, diz Reginaldo.
Próxima assembleia será na sexta-feira (2)
Segundo a Apeoc, a próxima assembleia da categoria ocorrerá na sexta-feira (2), quando devem decidir sobre a suspensão ou manutenção da greve.
Na última quinta-feira (25), o governador Cid Gomes recebeu uma comissão de professores para discutir propostas, quando, segundo o sindicato dos professores, havia se prontificado a assinar um termo com o Ministério Público para reiniciar as negociações. Na audiência, Cid também definiu um prazo de 30 dias para a comissão de greve analisar as propostas feitas durante a audiência.
A assessoria do Governo do Estado disse ainda não ter conhecimento da exigência dos professores, mas que deve fazer um pronunciamento oficial assim que for notificada das decisões da assembleia desta segunda-feira.
Reivindicações
O sindicato questiona o cumprimento da Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. Os professores pedem que a aplicação do piso atinja todos os integrantes da carreira, sejam profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.
A proposta anterior repassada para os professores, segundo o Governo do Estado, elevava em 45% a remuneração do professor em início de carreira com nível superior, em relação ao ano de 2010. Passando a remuneração de R$ 1.461,50 para R$ 2.000,00. Além disso, a proposta permite incremento de até 60% aos professores temporários.

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